segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Museu Nacional Machado de Castro


O Museu Nacional Machado de Castro abriu ao público em Outubro de 1913, tendo sido elevado à categoria de Museu Nacional no ano de 1965. Depois de uma requalificação recente é possível conhecer o Criptopórtico romano de Aeminium.
 



O conjunto dos seus edifícios foi classificado em 1910 como Monumento Nacional. O antigo Paço Episcopal assenta sobre o Criptopórtico do fórum de Aeminium, datado do século I d.c., constituindo a mais significativa construção romana conservada em território nacional.
 
 


 
Os diversos edifícios foram sendo erguidos ao longo dos séculos XII-XVIII, com a função de servir como residência episcopal. Das suas várias remodelações, destacam-se os vestígios de parte do claustro românico do período "Condal" (c. 1100-1140), a sua clássica e harmoniosa "Loggia" dos finais do séc. XVI e o templo barroco de São João de Almedina, construído entre os finais do século XVII e os inícios do seguinte.
 
 
 

O nome do Museu foi adoptado como forma de homenagear um dos maiores vultos da escultura nacional. Com efeito, Joaquim Machado de Castro (1731-1822) nasceu próximo de Coimbra e foi escultor régio durante os reinados de D. José I, D. Maria e de D. João VI.
 
 



O património artístico do Museu Nacional de Machado de Castro é formado por diversas colecções que testemunham a riqueza da Igreja e a importância do mecenato régio, às quais foram ligadas as mais significativas obras de arte e alfaias religiosas do acervo. O seu espólio foi ainda enriquecido com diversas outras aquisições, legados e doações efectuados por particulares.





Destaca-se a escultura monocromática ou polícroma, em pedra e madeira, ilustrando através de numerosas obras-primas o labor das melhores oficinas flamengas e, igualmente, a evolução das escolas portuguesas, ao longo da Idade Média e até ao final do século XVIII. Contudo, os núcleos de ourivesaria, pintura, cerâmica e têxteis impõem-se com igual importância e representatividade para a arte importada e no panorama da produção nacional. Destaque ainda para as colecções arqueológicas e as  que se referem à arte oriental.
 
 


O Museu foi alvo, recentemente, da requalificação e ampliação dos espaços arquitectónicos e museológicos, um projecto da autoria do arquitecto Gonçalo Byrne, que permite agora conhecer o Criptopórtico, uma das mais notáveis obras de arquitectura romana em Portugal.
 
Links úteis:

Sé Velha


O templo actual data da segunda metade do século XII, tendo sido aberto ao culto em 1184 e segue o estilo românico coimbrão da segunda fase.
 
 


Com projecto do francês Mestre Roberto, a igreja tem um exterior robusto, simétrico, com escassas aberturas e coroamento de ameias.
 
 


O portal central tem decoração de clara influência islâmica, enquanto que a porta lateral, chamada "Porta Especiosa", atribuída a João de Ruão, revela elegante decoração renascentista.
 

 

No interior, ao longo das naves laterais distribui-se a galeria do trifório. Destaque especial para o retábulo da capela-mor, em gótico flamejante, datado de cerca de 1498 e executado pelos escultores flamengos Olivier de Gand e Jean d'Ypres.




O retábulo da Capela do Santíssimo Sacramento, completado com uma elegante cúpula de cartelas, em estilo maneirista, data de 1566 e foi executado por João de Ruão. O claustro, gótico, iniciou-se em 1218, nele se destacando os capitéis naturalistas.
 

Vista aérea da Sé (Google Maps).
 
Link útil:

Biblioteca Joanina


Continuando no tema da Universidade, ressalto a Biblioteca Joanina como um dos tesouros da mesma.



A sua construção iniciou-se em 1717, sob a égide de D. João V e é a mais famosa biblioteca em Portugal, devido ao seu estilo único, sendo considerada uma das mais originais e espectaculares bibliotecas barrocas europeias.
 



No piso superior, a biblioteca é composta por três salas, comunicantes por arcos decorados em madeira policromada, idênticos à estrutura do portal.
 
 


As paredes estão cobertas por estantes lacadas de vermelho, verde escuro e negro, com decorações em chinoiserie dourada. Ao gosto barroco, os tectos estão ornamentados com decorações de ilusão óptica.




Os mais de 300 mil volumes que encerram esta "Casa da Livraria", distribuem-se desde o século XII ao século XVIII, sobressaindo exemplares que versam sobretudo sobre áreas como o Direito (civil e canónico), a Teologia e a Filosofia.
  
 
 
 
 
Link útil:
http://bibliotecajoanina.uc.pt/

Universidade de Coimbra


A Universidade de Coimbra é uma das mais antigas da Europa. Fundada em Lisboa por D. Dinis em 1290, foi definitivamente transferida para Coimbra em 1537, vindo a ocupar os edifícios do Paço Real Medieval.
 




A universidade recebeu os seus primeiros estatutos em 1309, com o nome Charta magna privilegiorum. Os segundos estatutos foram outorgados no ano de 1431, durante o reinado de D. João I. Já no reinado de D. Manuel I, em 1503, a Universidade recebeu os seus terceiros estatutos.
 
 


Desde o reinado de D. Manuel I, todos os Reis de Portugal passaram a ter o título de «Protectores» da Universidade, podendo nomear os professores e emitir estatutos.




Durante os reinados de D. João V e D. José I, a instituição sofreu grandes reformas, não só a nível do ensino, mas também no que respeita à construção de novos edifícios de estilo barroco e neo-clássico.



Vista aérea da zona histórica da Universidade (Google Maps).
 
 
Para mais informações visite:



Parque de Santa Cruz –Jardim da Sereia


Popularmente conhecido como "Jardim da Sereia", estava integrado na cerca do Mosteiro de Santa Cruz e data do séc. XVIII.
 




A entrada do Jardim faz-se através de um arco triunfal, coroado por três estátuas, que representam a Fé, a Esperança e a Caridade. O Arco é ainda ladeado por dois torreões de decoração barroca.

 
 
 
 
O Terreiro do "jogo da Pela" continua com a sua cénica cascata ao fundo. A Fonte da Nogueira com uma estátua representando um Tritão (popularmente confundido com uma sereia) abrindo a boca a um golfinho, motivo pelo qual o jardim passou a ser denominado como "Jardim da Sereia."
 



Vista aéra (Google Maps)
 
 
Link útil:

Jardim Botânico



Fundado, em 1772,  como parte integrante do "Museu de História Natural" instituído pelo Marquês de Pombal, surge o "Jardim Botânico da Universidade de Coimbra", como consequência da reforma pombalina dos estudos universitários.
 
 
O projecto de Castro Sarmento foi considerado pelos professores muito modesto pelo que decidiram ampliá-lo para cumprir os requisitos do Marquês de Pombal. Os trabalhos iniciaram-se em 1774, sofrendo sucessivas ampliações nos anos seguintes.




Somente terminado no séc. XIX, a sua exuberante vegetação reflecte os estudos e intercâmbios botânicos com todos os quadrantes do globo.





Desde Setembro de 1997 a direcção do parque organiza um programa de visitas livres e guiadas.
 
 





Vista aérea do Jardim Botânico (Google Maps)
 
 
Link útil: